Guia
1. O que é Lisfranc?
A articulação de Lisfranc é uma importante estrutura anatômica localizada na parte média do pé, que conecta os ossos do tarso (ossos do meio do pé) aos ossos metatarsais (ossos da base dos dedos). Ela é composta por uma série de articulações e ligamentos que ajudam a manter a estabilidade e a mobilidade do pé durante a caminhada e outras atividades.
2. Qual a função da articulação de Lisfranc no pé?
A função principal da articulação de Lisfranc é permitir a transferência de peso e a propulsão durante a marcha, além de fornecer estabilidade ao pé. Ela desempenha um papel crucial na absorção de choque e na distribuição de pressão durante o movimento, ajudando a evitar lesões e deformidades nos pés.
3. Quais os tipos de Lesões de Lisfranc?
As Lesões de Lisfranc são lesões que afetam a articulação homônima e podem variar em gravidade, desde pequenas fraturas até luxações completas. Alguns dos tipos comuns de Lesões de Lisfranc incluem:
⦁ Fraturas: Fraturas nos ossos metatarsais ou nos ossos do tarso que compõem a articulação de Lisfranc.
⦁ Luxações: Deslocamento ou separação dos ossos da articulação de Lisfranc devido a uma lesão traumática.
⦁ Entorses: Estiramento ou ruptura dos ligamentos que sustentam a articulação de Lisfranc, geralmente causados por torções ou traumas diretos.
4. Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da Lesão de Lisfranc geralmente envolve uma avaliação clínica completa, incluindo histórico médico, exame físico e exames de imagem. O médico pode solicitar radiografias simples, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) para avaliar a extensão da lesão e determinar o melhor plano de tratamento.
Os sinais clínicos comuns de Lesão de Lisfranc incluem dor intensa na parte média do pé, inchaço, dificuldade para suportar peso e instabilidade ao caminhar. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e promover uma recuperação bem-sucedida.
5. Existe tratamento conservador para a Lesão de Lisfranc?
Em alguns casos de Lesão de Lisfranc menos graves, o tratamento conservador pode ser uma opção viável. Isso geralmente envolve imobilização do pé com uma bota ortopédica ou gesso, repouso, aplicação de gelo e elevação do pé para reduzir o inchaço, além de medicamentos para controle da dor e inflamação.
No entanto, o tratamento conservador pode não ser adequado para lesões mais graves, como fraturas deslocadas ou luxações. Nestes casos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para realinhar os ossos e restaurar a estabilidade da articulação de Lisfranc.
Em resumo, a Lesão de Lisfranc é uma lesão complexa que pode afetar a estabilidade e a função do pé. Com um diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado, muitos pacientes conseguem se recuperar completamente e retomar suas atividades normais. É importante consultar um médico especialista em ortopedia para avaliação e orientação específica em caso de suspeita de Lesão de Lisfranc.