Seja por algum desgaste físico ou mal jeito, o pé é um dos principais locais de comprometimento de lesões no corpo. A fratura por estresse diferentemente de uma fratura comum, ocorre sem um trauma grande agudo.
O estresse no pé é causado pelo acúmulo de sobrecarga frente a uma atividade física, ou alguma força exagerada em que o indivíduo esteja realizando em seu cotidiano.
A fratura por estresse no pé, ocorre quando o osso não consegue reparar pequenos desgastes na mesma velocidade em que aquelas micro agressões estão sendo infligidas a ele.
Em resumo, são pequenas fraturas decorrentes de estresse repetido, como atividades que você faz diariamente e exigem alto esforço da região, caso muito comum entre atletas que treinam de forma exagerada ou sem orientação.
Esse tipo de deformidade atinge mais as mulheres, mas ocorre também em homens mesmo sendo mais raro.
Os principais fatores de risco para uma fratura ou reação de estresse são a falta de periodização de carga ou treino feito de forma exagerada, sendo considerado tanto a sua duração, intensidade e volume.
Há outros fatores para o surgimento desse estresse ocorrer, alguns deles são:
A reação de estresse pode sair desde o grau 1 (fase inicial) até o grau 4 (fratura verdadeira). É realizado então uma classificação, chamada de Classificação de Fredricson, feita pela ressonância magnética, na qual se avalia o grau da lesão.
Veja abaixo a classificação completa:
Veja acima que a classificação é derivada diretamente das diferentes sequencia da ressonância magnética e que, portanto, o tratamento vai depender do grau que a reação de estresse atingiu.
As fraturas por estresse na tíbia surgem através de um esforço repetitivo de grande impacto ou algumas formas erradas de se exercitar, desencadeando assim a dor na canela ou a mais conhecida como canelite.
Esses tipos de fraturas por estresse são muito comuns nos corredores e maratonistas, pois acabam realizando treinamentos de forma exagerada ou com algum tipo de alteração nas sessões de treinamentos, não respeitando assim os limites do corpo e ocasionando a reação ou fratura de estresse.
Os principais sintomas são dores na região posteromedial ou anterolateral da perna. Alguns exercícios podem piorar essa dor como ficar na ponta dos pés e correr. Quando a dor se estende por toda área de tíbia é imprescindível procurar o tratamento, pois o grau do estresse pode ser alto e o risco de uma fratura completa aumentam.
Em geral,é recomendado a interrupção imediata da atividade feita. O tempo de interrupção da atividade depende do grau da lesão, que será identificado na Ressonância Magnética. Medicações, reabilitação fisioterapêutica, correção do gesto esportivo, ajuste da dieta do sono e do material esportivo estão entre as coisas que podem ser utilizadas no tratamento. A Terapia por Ondas de Choque tem bons níveis de evidência científica para acelerar a recuperação dessa lesão e pode ser uma excelente alternativa.
O Tempo de recuperação para uma fratura por estresse depende muito do tipo de fratura e de onde ela se localiza. Fraturas por estresse dos metatarsos, por exemplo, tem recuperação mais rápida e os sintomas podem desaparecer tão rápido quanto em 4 semanas.
As fraturas de estresse da tíbia podem, entretanto, ter tempo de recuperação mais prolongado. Se a fratura por estresse for Grau IV (como na classificação exposta acima), o tempo de recuperação pode superar 12 semanas.
A fratura por estresse do calcâneo, como o próprio nome diz, é uma lesão causada no osso calcâneo localizado na parte posterior do pé.
O peso de todo o corpo é posto em cima desse osso, por isso é o osso que mais sofre impacto. Como é um local de grande carga, a sua fratura é bastante dolorosa, o que limita a locomoção do paciente. Geralmente, fraturas desse tipo são bem comuns nos militares, que colocam muito impacto durante a região durante a marcha.
Os sintomas relatados são de dores na região do calcanhar, principalmente ao fazer o apoio no chão onde todo peso estará sobre essa região. Em muitos casos há também a presença de inchaço em toda a região.
Na maioria dos casos o diagnóstico não é feito através de radiografias, mas sim, utilizando a ressonância magnética na qual são identificadas as reações de estresse iniciais.
Na grande maioria das lesões será realizado tratamento conservador, envolvendo inicialmente a interrupção daquela atividade que exige a sobrecarga da região afetada. Outros métodos, como os descritos para a tíbia também podem ser utilizados.
Se tiver mais dúvidas sobre esse tema, entre em contato ou agende sua consulta.
Aqui em Belo Horizonte, o Dr. Tiago Baumfeld atua diretamente no tratamento de fraturas de estresse, utilizando protocolos e dispositivos terapêuticos avançados para um retorno ao esporte seguro e o mais rápido possível.
Descubra as possíveis causas da dor na lateral do pé, os sintomas associados e os tratamentos eficazes para aliviar o desconforto e melhorar a qualidade de vida.
Descubra as condições que podem exigir cirurgia na articulação do pé, as doenças mais graves associadas a essa região e os tratamentos recomendados antes de optar por uma intervenção cirúrgica. Saiba também a importância de consultar um ortopedista especialista em pé e tornozelo para avaliação e orientação adequadas.
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