O famoso Joanete, é uma deformidade no pé onde se desenvolve uma saliência óssea no dedão. Ela surge com o desalinhamento entre os ossos e as articulações e acaba deslocando o dedo de lugar, podendo ser empurrado ou sobreposto por outros dedos, resultando neste formato da imagem acima.
Quando a ocorrência desse joanete é no dedão do pé, usa-se o nome científico Hallux Valgus ou Hálux Valgo.
Além do dedão, outras regiões também podem ser afetadas como no caso do quinto metatarso (popularmente conhecido como dedo mindinho), e, quando ocorre a deformidade nesse local é chamado de Joanete Sastre ou Bunionette.
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Esse tipo de deformidade atinge mais as mulheres, mas ocorre também em homens mesmo sendo mais raro.
O principal fator de surgimento da Joanete é o uso de calçados com interior estreito (sapatos de bico fino) que acabam pressionando a parte da frente do pé. Muito comum entre as mulheres, sapatos com este design podem ser prejudiciais à saúde dos pés. O fator genético também é uma das causas do Hallux valgus, pois existem muitos relatos de casos em que a mãe ou as avós tinham/tem joanete e acabam sendo herdados mesmo que não haja a utilização dos sapatos estreitos. O seu aparecimento pode ocorrer desde uma idade mais jovem (infância e adolescência), como também na idade adulta mais avançada.
Na maioria dos casos, o Joanete se desenvolve de forma lenta, sendo normal entre os pacientes, o relato de não sentir nenhum sintoma associado até seu aparecimento evidente.
Quando há sintomas, eles estão associados principalmente a:
Quando o Joanete começa a aparecer, não existe nenhum aparelho que possa “colocar o dedo no lugar” de forma efetiva. É comum encontrar na internet várias órtese e espaçadores que prometem corrigir o joanete e acabar com a dor, mas não se engane!
Não há estudo científico com indicação dessas técnicas que prometem a eficácia na regressão da deformidade, pelo contrário, de acordo com as evidências mais atuais, esses aparelhos podem aumentar o nível de dor e desconforto.
Deve-se então ficar atento a esses sintomas, principalmente no fator genético onde é um grande indicativo dessa deformidade.
Essa cirurgia teve uma evolução significativa ao longo dos últimos anos, assim como também o próprio entendimento a respeito da doença.
Atualmente, é possível operar o Joanete com técnicas que permitem uma boa analgesia, a correção da deformidade de forma mais rápida e um pós operatório mais funcional.
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Dessa forma, o procedimento se torna mais simples e o paciente pode voltar para casa no mesmo dia ou no dia seguinte, variando conforme seu tipo de anestesia e recuperação.
Com as novas técnicas e a evolução da medicina, a chamada recidiva ou volta do joanete se tornou mais rara se a técnica de correção for bem executada.
O controle da dor durante e após a cirurgia é feito através da anestesia dando ao paciente todo o conforto para realizar a cirurgia. Para o período pós-operatório, utilizamos bloqueios anestésicos de longa duração aliados a analgésicos com boa ação, o que torna o pós-operatório muito mais confortável.
Seguindo os cuidados indicados pelo médico, em poucos dias você poderá retornar às suas atividades normais do dia a dia. Isso é possível devido ao uso de uma sandália especial chamada sandália de Barouk, que permite o apoio no chão precoce sem encostar a parte da frente do pé no chão.
O joanete de fato dói. Portanto, essa não é uma cirurgia com intuito estético apenas, apesar de melhorar a aparência dos pés, mas sim, um procedimento que melhora a qualidade de vida e o conforto do paciente.
Conheça mais sobre a cirurgia de joanete e a quebra de mitos, neste conteúdo!
Para corrigir o joanete, utiliza-se técnicas conforme o grau da deformidade.
A Osteotomia de Scarf é uma técnica aberta muito potente que pode tratar desde joanetes leves até os casos mais grave.
Veja mais a fundo sobre esse tema nessa aula que ministrei para um grupo de colegas, tudo sobre a osteotomia de Scarf.
Outra técnica muito eficiente é a técnica percutânea chamada de MICA (Minimally Invasive Chevron-Akin Osteotomy). Nessa técnica, a correção é feita com pequenos cortes, preservando a pele e garantindo um resultado estético melhor.
Mesmo sendo uma cirurgia simples, alguns cuidados deverão ser passados pelo médico que irá realizar o procedimento. Esses cuidados dependerão muito da técnica utilizada para realização da cirurgia.
O mais comum é o uso de sapato próprio (sandália de Barouk) por 4 semanas, nas quais os curativos são trocados semanalmente, seguido de mais 4 semanas de fisioterapia e reabilitação progressiva. Após as 8 semanas, o que normalmente mais incomoda os pacientes é o inchaço residual do pé, que não permite o uso de calçados estreitos. Isso tende a se normalizar ao redor das 12 semanas.
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